A categoria não aceitou o arrocho nos salários proposto pela Kinross e demonstram também a total disponibilidade para o diálogo, coisa que os patrões parecem ter muita dificuldade, mesmo sua produção e lucratividade ter o “peso de ouro”.
Mostramos aos patrões a grande dificuldade de um acordo de dois anos sem que aja a garantia da inflação plena, pois se a inflação explodir ficaríamos extremamente prejudicados pelos salários defasados.
Na assembleia com extraordinária presença dos trabalhadores, todos mostraram sua grande irritação com a forma dos patrões negociarem, esperando que o Sindicato rebaixasse proposta, de forma que o valor real dos salários fosse prejudicado.
Ao mesmo tempo em que os trabalhadores pressionam o sindicato para acelerar o diálogo com os patrões, afirmaram também sua disposição até mesmo num confronto, para exigirmos nossos direitos, denunciando a empresa na Superintendência Regional do Trabalho e buscando uma mediação que exija maior sensibilidade da Kinross com o repasse aos salários da inflação acumulada.
O Sindicato chegou a encaminhar uma proposta de reajuste salarial de 8% em 1º de fevereiro e mais 2,5% em 1º de novembro, mais um bônus de R$ 730,00 e o o prêmio de férias de R$ 1.250,00.
Temos a responsabilidade de evitar qualquer pressão e ameaça sobre os trabalhadores e queremos que também a empresa se digne em valorizar quem garante sua produção e seus lucros fabulosos, diante ainda de uma cotação crescente do ouro no mercado internacional.
Caminhamos com unidade, com responsabilidade e sem abrir mãos dos nossos direitos.