Em Paracatu a informação foi repassada recentemente, pega todos de surpresa e cria clima de repúdio nos trabalhadores
Os trabalhadores na Votoratim programam seus orçamentos familiares desde o início do ano com os salários mensais e ainda com os pagamentos regulares do Programa de Participação nos Resultados, que regularmente é pago em duas parcelas, a primeira em julho (refletindo os resultados do primeiro semestre) e, a segunda, em fevereiro do ano seguinte (refletindo os resultados do segundo semestre).
Sabe-se também que a empresa tem seus compromissos programados ao longo dos anos, devendo cumpri-los para não ser penalizada com encargos e multas. Da mesma forma que respeitamos os compromissos da empresa, espera-se que os patrões também respeitem o planejamento dos trabalhadores, para que possamos arcar com os nossos compromissos financeiros.
Mas não é isto que a Votorantim está fazendo! Numa decisão que pega de surpresa todos os trabalhadores em Paracatu, só recentemente ficamos sabendo da decisão da empresa de não mais fazer os pagamentos da PPR em duas parcelas, optando por fazê-lo de uma única vez, em fevereiro do próximo ano. Isto significa que quaisquer compromissos ou obrigações financeiras que tivermos programados para fim de julho e agosto estão sendo transformadas calotes pela empresa.
De forma autoritária, sem consultar ninguém e pouco se lixando com os encargos e multas que recaiam sobre as nossas costas, a Votorantim simplesmente falou que a PPR relativa a 2016 será paga em fevereiro de 2017. Seria mais sensato que a empresa negociasse com os trabalhadores uma transição, para minimizar este impacto ou que implementasse tal medida com grande prazo de aviso à categoria.
Só agora fomos informados, num total desrespeito a todos os trabalhadores, que podem ser transformados em caloteiros pelo próprio calote que a empresa faz conosco.