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Jornada de trabalho
Consciência para não morre no trabalho
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Discussão sobre a jornada de trabalho vem mobilizando há muitos anos as centrais sindicais em nosso País, buscando a sua redução sem prejuízo aos salários.

Esta luta representa duas grandes preocupações. Em primeiro lugar, garantir que os trabalhadores tenham vida social, que possam conviver com seus familiares e não sejam escravizados por um tempo demasiadamente longo no trabalho.

Logo em seguida, o segundo benefício da jornada menor, que permitiria a contratação de novos trabalhadores, diminuindo a tragédia do desemprego. O trabalho se tornaria menos estressante, minimizaria as doenças profissionais e riscos de acidentes e as próprias empresas ganhariam com a qualidade na produção, através de maior energia dos trabalhadores.

Todos estes argumentos servem perfeitamente para alertarmos os companheiros a entenderem a necessidade de humanização da escala de jornada de trabalho em turnos de revezamento. Não são os excessos de horas extras, adicionais por jornadas excessivas as melhores opções para termos uma remuneração justa. O melhor dos mundos é termos nosso trabalho reconhecido com um valor mais honesto dos salários. Para isto, companheiros, é preciso luta, consciência da unidade e mobilização para alcançarmos ganhos reais em nossos salários. Excesso de horas extras e jornadas escravagistas podem trazer mais um bocado de dinheiro, mas, por outro lado, acabam com nossa saúde e podem deixar nossas famílias desamparadas se formos colhidos por acidentes graves ou fatais e doenças profissionais.

É vital termos consciência de que o revezamento desequilibrado (trabalhar várias noites e depois vários dias, intercalando tardes e descansos) desnorteia o nosso relógio biológico. Com isto, podem vir danos à saúde, riscos de acidentes, “dessocialização”.

xatamente por isto uma escala de jornada de trabalho em turno de revezamento não pode ser imposta, precisa ser discutida pela empresa com os próprios trabalhadores e com o sindicato, de forma a humanizar, não esgotar ninguém até o stress, não condenar trabalhador a não ver os filhos.

Todos devem pensar seriamente sobre este tema, para que possamos discuti-lo abertamente dentro do sindicato e construir um modelo de jornada que atenda mais coletivamente a todos os companheiros.

          

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