Os salários dos trabalhadores foram reajustados em 5% a partir de 1º de agosto, percentual que representa a recomposição da inflação acumulada medida pelo INPC de 2,077% relativos aos 12 meses, desde 31 de julho/2016, nossa data-base anterior e ainda mais 2,86% de ganho real.
O reajuste global significa um impacto de quase uma vez e meia a inflação acumulada, ou seja,140,7% do INPC. Em negociações de outras categorias, o reajuste vem refletindo um momento de queda nos índices inflacionários medidos pelo IBGE, com reajustes exclusivos pelo INPC.
Com o Acordo Coletivo, os trabalhadores receberam também um “Abono Pecuniário” de R$ 580,00 e o piso salarial da categoria passou para R$ 1.028,70, a partir de 1º de agosto.
Também no Acordo Coletivo ficou aprovada a obrigatoriedade de a empresa fazer no Sindicato a homologação de quaisquer trabalhadores demitidos após mais de um ano de casa, de forma que possamos conferir o pagamento de todos os direitos a que tenham, fazendo ressalvas de eventuais erros no processo rescisório.
As várias conquistas dos acordos anteriores foram preservadas no novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT),inclusive o pagamento de uma hora in itinere por dia trabalhado, que a empresa insistia em cortar ou pagar somente até novembro. O direito foi preservado até a próxima data base, quando teremos novo processo de negociações coletivas.
AVANÇO EM UM MOMENTO DIFÍCIL
As negociações coletivas de trabalho em todo o País passam por um momento de verdadeira turbulência por causa dos efeitos nocivos prontos para entrar em ação a partir de novembro com a implementação das mudanças geradas com o golpe da Reforma Trabalhista.
Nosso Acordo Coletivo impediu que as alterações do golpe trabalhista aprovado no Congresso e sancionado pelo governo Temer pudessem prejudicar nossa categoria, principalmente pela nova condição de prevalência do “negociado sobre o legislado”. Ou seja, fizemos valer nossa força e condição negocial garantindo através do Acordo Coletivo os direitos até então estabelecidos.
O presidente do SINDIEXTRA, Rogério Ulhoa, lembrou a “importância de os trabalhadores se unirem ao Sindicato, diante das mudanças nas condições trabalhistas impostas pela reforma golpista do Governo Temer, com a clara intenção de beneficiar a classe empresarial com a retirada de direitos consagrados na CLT”. A afirmação do presidente do Sindicato prepara os trabalhadores para a transição de um momento em que as negociações coletivas vão garantir direitos exclusivamente para os trabalhadores sindicalizados, após o fim do “imposto sindical” pelas medidas da reforma golpista do Governo Temer.