Dos US$ 32,5 bilhões previstos em investimentos no setor mineral brasileiro de 2020 a 2024, entre 20% e 25% serão aplicados em Minas Gerais, totalizando até US$ 8,1 bilhões. Os dados são do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que a partir dos projetos divulgados pelas mineradoras com atuação no País, elevou a projeção de aportes no setor em 18% em relação ao estimado no ano anterior, de US$ 27,5 bilhões para o período de 2019 a 2023.
De acordo com o diretor-presidente da entidade, Flávio Penido, o aumento reflete confiança de investidores na segurança jurídica nacional para implementação de projetos de médio e longo prazos. “Isso demonstra uma forte recuperação do setor e perspectivas de aumento dos investimentos. Todos os projetos previstos são aderentes às melhores práticas internacionais de segurança, operação e sustentabilidade”, afirmou.
Soma-se ao montante nacional cerca de US$ 2,3 bilhões a serem investidos em ações de descomissionamento, descaracterização de barragens a montante e outras providências relacionadas à segurança das estruturas de rejeitos da mineração. A maior parte deste valor será aportado pela Vale em Minas Gerais, já que a companhia ainda vai desativar oito barragens no Estado. Conforme já anunciado pela mineradora, cerca de R$ 7,5 bilhões serão aplicados para acelerar os processos de descomissionamento em barragens de rejeitos de minério de ferro localizadas no Estado. A primeira delas foi concluída no ano passado.
É que após o rompimento da Barragem I da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em janeiro de 2019, a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou que as barragens construídas ou alteadas pelo método a montante ou por método declarado como desconhecido deverão ser descomissionadas em até três anos.
Fonte: Diário do Comercio 13/02/2020