A Kinross realizou nesta quinta, 24 de fevereiro, uma reunião relâmpago com o SINDIEXTRA para dizer que, após consulta ao seu Conselho, não irá discutir em mesa de negociações a reivindicação dos trabalhadores pela concessão do “Cartão Alimentação”. A Kinross está sendo muito contestada por novos trabalhadores contratados que vieram de outras empresas onde já se pratica há muitos anos a concessão de uma cesta de alimentação, que tem, inclusive, incentivos fiscais para as empresas através do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).
Além de negar a reivindicação para termos condições de alimentar nossas famílias, a empresa reafirmou a mesma proposta anterior, já recusada pelo Sindicato, de reajuste salarial de 8% (abaixo do INPC acumulado de 10,6%) bônus de R$ 838,00 e prêmio de férias de R$ 1.667,00.
A empresa insiste em arrocho salarial, impondo perda de seu valor real, alegando que concede uma carteira de benefícios compensatórios, convivendo com salários sem capacidade de compra.
Todos devem levar em consideração que o reajuste para manter o valor real dos salários incide em todas as verbas que constituem direito social, como o FGTS, INSS , além de férias, 13º salário, valor de horas extras e demais encargos sobre os salários. Achatar salários com Índice menor que a inflação acumulada aumenta a margem de lucro da empresa e leva trabalhadores e familiares para uma perda significativa, principalmente diante de inflação alta e gastos mais elevados contra a pandemia.
O valor real dos salários e o cartão alimentação são pontos decisivos para que os trabalhadores tenham tranquilidade para manterem seu trabalho. O SINDICATO promoverá uma reunião nos próximos dias em frente à portaria da empresa, alertando a todos para seguirmos unidos até alcançarmos uma proposta justa para o acordo coletivo.
Vamos deliberar com os trabalhadores uma forma de luta vigorosa e justa em defesa de melhores condições sociais advindas de nosso trabalho.