Mais uma vez, no último dia 30 de junho, os trabalhadores e a população de Paracatu viveram momentos de horror com novo alarme falso de sirenes, que deveriam ser acionadas apenas no momento de uma tragédia com o virtual rompimento da barragem da Nexa. Alarme igual aconteceu no ano passado, em 20 de maio, em barragem da Kinross.
No consciente de todos nós, a sirene acionada com seu som propositalmente escandaloso e alarmista, dispara o desejo de correr e, conforme onde estejamos, sem saber para onde.
Além do medo de mais uma tragédia com barragens, os alarmes falsos vão deixando uma certeza que pode se transformar em comodismo, se todos passarem a não acreditar nas sirenes, não buscarem proteção diante de uma ocorrência real.
Devemos levantar ainda os impactos dos alarmes na condição emocional da população e nas correrias para procedimentos de segurança, levando-se em conta principalmente idosos e crianças.
Entendemos que já passou da hora de as empresas investirem em sistemas de proteção que dêem mais tranquilidade aos trabalhadores e à população, que possamos viver em paz sem o medo do risco iminente de perdermos todo o patrimônio material e nossas próprias vidas numa tragédia que se anuncia a cada alarme falso. Será que a paz e a tranquilidade de todos os que vivem em Paractu não valem o investimento necessário em equipamento e condições de maior qualidade e eficiência?
Como fizemos da outra vez com a Kinross, cobramos da Nexa que preste à comunidade, aos trabalhadores, ao Sindicato e às autoridades públicas todos os esclarecimentos sobre mais este episódio, medidas e protocolos de segurança que permitam a paz para trabalhadores e residentes que se encontrem na rota de rejeitos por um eventual rompimento e todos os cuidados para proteger e salvar vidas.